- On 29/07/2010
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- Tags: 5 Avenida, Arte, Bauhaus, Cubismo, Cubo-Futurismo, Design, Destino RBBV, exposição, Fotografia, galeria de arte, gravuras, Impressionismo, Kandinsky, Modernismo, Museu, Museu Arte Moderna, Museu Guggenheim, Picasso, pintores, Quadros, Van Gogh
Museu Guggenheim Nova York – Primeiras impressões
Um museu de arte moderna e contemporânea de renome internacional e um dos ícones arquitetônicos mais significativos do século 20, este é o Museu Guggenheim de Nova York. Que é ao mesmo tempo, um importante centro cultural, instituição de ensino e o coração de uma rede internacional de museus de arte conteporânea presente em vários países que recentemente completou meio século de existência.
Decidimos ir lá conhecer, depois de termos visitado a exposição sobre Matisse e Picasso no MoMa em nossa última passada por Nova York. Para chegarmos lá pegamos um táxi do MoMa até o famoso museu Guggenheim de Nova York, uma vez que o calor de mais de 30ºC estava insuportável e uma caminhada de 36 quadras da rua 53 até a rua 89 não seria nada confortável. Além disso, andar de metro no verão em Nova York é uma tarefa quase impossível, é literalmente um inferno de baixo da terra. Eu acho um absurdo uma cidade como Nova York não ter nem sinal de celular muito menos ar condicionado/calefação em suas estações de metro. Mas enfim a MTA , companhia que gere o metro de Nova York, está falida. Isso que a passagem custa 2.25 USD o que não é nada barato em um país em que você com esse valor compra quase 1 galão (3,8L) de gasolina.
Chegamos ao Guggenheim de Nova York que apesar de sua arquitetura arrojada para a época em que foi construído não chegou a impressionar tanto assim, digamos que fica um pouco a desejar comparado às obras de Oscar Niemayer, Brasília por exemplo, construídas quase que na mesma época. E para dizer a verdade a construção é muito menor do que eu pensava que ela seria.
O projeto arquitetônico original do museu em Nova York é do renomado arquiteto americano Frank Lloyd Wright, e se destaca pelas linhas curvas da fachada. Representando a arquitetura moderna em sua forma mais orgânica.
Enfim apesar de não impressionar tanto assim pela sua arquitetura como eu pensava que iria, o local abriga um museu com uma das mais importantes coleções de arte moderna do mundo. Coleção esta amealhada pelo seu fundador, Salomon Robert Guggenheim e sua sobrinha Peggy Guggenheim no começo do século XX e que hoje tem um valor artístico e monetário incalculável.
Assim como no MoMa, não precisamos pagar para conhecer o tão famoso Museu Guggenheim de Nova York (ainda bem!!). Começamos a visita, fotos somente permitidas no térreo do museu. Talvez aí a minha primeira “birra” com o lugar.
Como o museu tem a forma de uma espiral, acabamos optando em pegar o elevador para a a porção mais alta do museu e irmos descendo e conhecendo as exposições. Para começar achei o museu muito escuro. Até entendo que isso talvez tenha relação com a conservação das obras e tra la lá… Mas o MoMa é muito mais “clean”.
Além disso, ainda temos que definir o que é arte de fato e o que não é… Algumas pessoas podem até não concordar comigo, mas Arte é algo que pessoas “comuns” não conseguem fazer: Como pintar um quadro, esculpir etc.. Pois bem, na parte mais alta do museu havia uma exposição com diversos projetores com uma imagem estática de uma senhora bem velha sentada numa cadeira, horas de pé, etc… Mas me desculpem os criticos. Isso não é arte!! É apenas um videozinho que qualquer um conseguiria fazer.
Enfim, seria Arte então algo feito por pessoas tão “incomuns” que só mesmo elas conseguiriam fazer e entender uma coisa tão abstrata e absurda como essa. Deixa para lá!!
A verdade é que esse museu tem muita coisa que se considera ser arte, mas que eu tenho lá minhas dúvidas se realmente são ou não. Mas felizmente nem tudo está perdido. O museu têm sim coisas que valhem a pena visitar. Pelo menos em Nova York. Já o de Bilbao na Espanha como relata a Luísa do Arquivos de viagens tem um acervo bem decepcionante.(Tipo o Museu do Olho em Curitiba onde a arquitetura do lugar é melhor que o acervo). ( http://arquivodeviagens.wordpress.com/2010/06/07/bilbao/)
Durante nossa visita em meados de Julho podemos contemplar parte da coleção de Justin K. Thannhauser que estava exposta em uma das galerias. Mas afinal quem era esse cara? Eu nunca havia ouvido falar mas ele era o filho do famoso negociante de arte Heinrich Thannhauser, que fundou a Moderne KunstGalerie em Munique, em 1909. E em reconhecimento ao trabalho de Salomon R. Guggenheim, Justin Thannhauser legou uma parte significativa da sua coleção pessoal de arte ao museu. Coleção esta que incluem obras-primas de Cézanne, Gauguin, Manet, Monet, Picasso, Renoir e Van Gogh. Sendo esta talvez esta uma das melhores partes do museu. Acho que esta foi a primeira vez que vi um Van Gogh legítimo na vida. Infelizmente fotos não eram permitidas.
Além desta coleção de quadros de pintores famosos, outras duas mostras também fizeram a visita valer a pena: A primeira delas intitulada de “Geometria de Kandinsky e Malevich” reunindo diveras obras dos artistas russos Vasily Kandinsky (1866-1944) e Kazimir Malevich (1878-1935), considerados dois dos pioneiros da abstração. E que ao longo de suas carreiras exploraram as formas geométricas em seus trabalhos.
Malevich é reconhecido pela invenção do suprematismo por volta de 1914, um estilo abstrato de expressar as coisas através da inter-relação de cor e formas geométricas.
Por outro lado, Kandinsky, também utilizava as formas universais da geometria, e passou a utilizá-las cada vez mais quando ele assumiu uma posição docente na Bauhaus, escola de arte e design aplicado na Alemanha. Utilizando motivos geométricos em sua arte desde o início dos anos 1920.
A outra exposição muito interessante intitulada de “Broken Forms” ou Formas quebradas: O Modernismo Europeu na coleção Guggenheim: Explora a evolução artística imediatamente anterior e durante a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, Espanha, França, Itália e Rússia, reunindo obras de artistas como Giacomo Balla, Marc Chagall, Vassili Kandinsky , Franz Marc, Kazimir Malevich, Piet Mondrian, Pablo Picasso e Salvador Dali. Numa abordagem pioneira e revolucionária na forma de se fazer arte surgida nesta época.
As obras desta exposição incluem exemplos de cubismo, cubo-futurismo, o expressionismo, e outros movimentos de vanguarda que são peças centrais no acervo do Museu Guggenheim.
Finalizando nosso passeio pelo espiral do Guggenheim ainda vimos diversas fotografias, algumas delas muito interessantes também, já outras nem tanto.
Para finalizar, peço desculpas pelo fato de as fotos terem que ser tiradas na “surdina” e não terem ficado muito boas por terem sido tiradas do celular. Mas esta proibição deveria ficar restrita apenas às campanhas publicitárias comerciais. Não para o visitante médio como eu e você. No meu caso gostaria de ter estas fotos para poder levar os leitores para viajar comigo. Até porque na minha opinião você lendo um texto ilustrado por boas fotografias, a vontade de conhecer estas coisas pessoalmente aumentam bastante.
Felizmente existe fotos pela internet que posso utilizar para ilustrar este passeio.
© Museu Guggenheim
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Ah Oscar, concordo com vc! Essa proibição de fotos é um absurdo. Certa vez quase fui expulsa de uma galeria pq estava tirando foto sem permissão. Bem, mas o lugar parece ser bem interessante. Bj
Karol!!
Eu acho uma droga voce ser impedido de tirar fotos!! Muitas vezes durante uma visita ao museu não temos tempo e muitas vezes paciência de observar todos os detalhes. Eu mantenho minha opinião de que fotografia (sem Flash) não estraga obra nenhuma e que nada substitui olhar o trabalho original ao vivo e a cores. Obrigado pela visita
Bjo
Lá vou eu criar polêmica….( 😉 ) : Eu acho que deveria ser proibido entrar em museus com máquina fotográfica. Sou totalmente contra. E digo mais: fico pê da vida quando estou tentando ver uma exposição e tem alguém tirando foto de todo e qualquer quadro, sem sequer olhar pra obra. (Vou apanhar?)
Marcie
Eu concordo com você quando a pessoa vai ao museu quer fotografar tudo. Isso realmente é muito desagradável!! Ainda mais quando a pessoa fica tirando foto obra por obra e nem se da ao trabalho de saber o que esta olhando!!
Mas eu sou da opinião de que cada um deve aproveitar as coisas que a vida tem a oferecer da melhor maneira que lhe convier. Desde que antes de tudo respeite o espaço do outro. E muitas pessoas esquecem que um Museu é um espaço público.
Se Blog não existisse provavelmente nem me incomodaria em não ter nenhuma foto. Ser Blogueiro e não poder tirar algumas fotos é mais ou menos como ser Jornalista e não ter liberade de imprensa…
Na minha opinião continuo achando que não deveria ser proibido não, mas que existem pessoas sem “semancol” isso é uma veradade!!
amo esse lugar e adorei o mural de fotografias.
tem obras de arte que o flash da camera pode prejudica-las… é legal tirar fotos pra lembrar e colocar no blog, nos museus que fotografias não são permitidas, as imagens tem que ficar na memória…
Obrigado pela visita!! Por sinal você acabou de fazer o comentário de número 500 no nosso Blog!!!
😀
me contaram que a luminosidade do flash (milhões de vezes ao dia) pode modificar as caracteristicas fisicas da tinta e prejudicar a obra. Oscar. adorei o post.
Certamente!!
Na verdade eu sou a favor da fotografia sem Flash!! Que fique bem claro!!
Acho que muitas vezes essas proibições tem mais relação com os direitos de imagem do que com a conservação das obras propriamente ditas..
Um exemplo clássico disto é em Washington. Todos os museus que conheci fotografias são permitidas. Exceto no National Archieves que proibiu fotos no inicio deste ano. Já que umas “antas” apesar do aviso de fotografia apenas sem flash não sabiam desliga ou fingiam!! Como estava de fato deteriorando a Declaração de Independencia, a Constituição entre outros eles proibiram fotografia nesta parte!!
[…] http://mauoscar.com/2010/07/29/museu-guggenheim-nova-york/ […]
Bom, queria defender a arte, pois disso eu sei bem!
Provavelmente o que você viu quanto a senhora sentada numa cadeira por muito tempo é um estilo de arte chamado de perfomance, que está dentro da arte conceitual, a arte que vivemos nos dias de hoje desde o fim dos anos 90/ínicio dos anos 2000. A arte conceitual é algo muito subjetivo e dispensa qualquer definição concreta para as obras, além do mais, não tem nenhuma ligação com as tendências artísticas do século XVI, XVII, XVIII, que eram super conservadoras e trabalhavam muito bem com essa relação de perfeição na obra de arte.
Eu entendo que você não tenha gostado do que viu, a perfomance da senhora, mas deve respeitar os artistas e principalmente, não falar o que não sabe, pois todos são capazes de fazer arte, basta querer.
Até mais, desculpa qualquer coisa.
Luane
Entendo seu ponto de vista e peço desculpas se isso de alguma maneira te ofendeu.. Esse blog é um espaço onde exponho minhas idéias e impressões …Posso não ser um especialista em arte (principalmente contemporânea) mas de uma forma geral aprecio e muito museus e arte.. Infelizmente muitas das coisas que vi no Guggenheim ficaram muito aquém de minhas expectativas.. O que seria do vermelho se todos gostassem do verde..
Abraço e obrigado por deixar suas impressões por aqui