India, um passeio por Nova Delhi e Agra

Hoje aqui no Blog temos um post especial.

Um post convidado, escrito pela Ana Carolina Viana, uma de nossas queridas amigas de Singapura. Nos conhecemos durante o curso no British Council e como esta semana liguei para ela para dar um oi e colocarmos a conversa em dia. Papo vai papo vem, conversando sobre viagens ela contou sobre sua segunda experiência na Índia e perguntei se ela não gostaria de escrever um post aqui para o Blog. Ela topou na hora e no dia seguinte, me encaminhou o texto e algumas fotos para ilustrar a viagem.

Com a palavra Carol:

Depois, de algumas horas de vôo, pisamos em Delhi. Estava quente, abafado… Mas, estava empolgada. O Gustavo, meu marido, nem tanto! Eu queria aproveitar cada minuto, queria chegar rapido à cidade, ver os monumentos, ver as pessoas com suas roupas tão coloridas.

Carol entre as Indianas

O caminho foi bem diferente do que eu imaginava. Eu esperava uma multidão, vacas e tuk-tuks (um triciclo com dois lugares, muito popular na Ásia; Por sinal o guia me disse que na India são chamados de autorickshaws) . Enfim, os primeiros minutos na cidade foram bem “higiênicos” e não me senti totalmente na Índia.

No primeiro dia desta viagem, fui a Agra. Dizem que a melhor forma de ir a Agra a partir de Delhi é via um trem expresso. A viagem, neste caso, dura apenas 2 horas. De carro, a viagem dura 4 horas. Um pouco longa para ir e voltar no mesmo dia, mas mesmo assim acho que valeu a pena. Além das vacas, vi bufalos, porcos, cavalos, cabras, elefantes, ovelhas, e macacos pelas ruas… Um verdadeiro zoológico a céu aberto. Ate, um barberia no meio da rua eu vi! Cheguei cansada e estava sem paciência, pois tinha acabado de chegar do Brasil e sofrendo jet leg. Mas, o Taj Mahal era um monumento que me fascinava. Já tinha visto várias fotos ressaltando a simetria e a beleza do mármore trabalhado com perfeição.

Agra, em si é uma cidade muito feia e suja. A visita só vale a pena mesmo por conta do Taj Mahal. Comecei a caminhar e em segundos, todo o meu cansaco desapareceu. A história do Taj Mahal começa com uma mulher dando a luz seu décimo quarto filho e essa mãe era a rainha Mumtaz Mahal, esposa do Imprador Shah Jeham. Dizem que algo no parto deu errado e ela faleceu. O imperador, que amava a rainha, prometeu homanagea-la com uma bela construção.

Taj Mahal

A construção começou em 1630, demorou 12 anos para ser concluída e foram utilizados mais de 20 mil trabalhadores. É incrustado com pedras semipreciosas, e estas formam desenhos muito flores, frutos e outros vegetais. As pedras vieram de vários lugares. Do Tibete trouxeram-se turquesas e do Afeganistão o lápis-lazúli, enquanto as safiras provinham de Ceilão e os quartzos da Península arábica.

Eu olhava yudo aquilo e não me cansava. É algo inexplicavel! Inacreditavel! Quando parei em frente ao Taj uma sensação mística, tomou conta de mim! O guia conhecia alguns ângulos em que se podia segurar a cupula com as pontas dos dedos. E, a dica rendeu fotos engracadíssimas!

Ainda em Agra, o guia nos levou num ateliê de um indiano cujo tataravô (ele já é da 7ª geração) trabalhou na construção do Taj Mahal. Um detalhe da construção é que pedras semi-preciosas foram cravadas no mármore de maneira tão misteriosa que parecem na verdade uma pintura. No ateliê, tive a chance de apreciar o trabalho.

Em Delhi, fui a Jama Masjid, uma das maiores mesquita em Delhi. Uma arquitetura linda e grandiosa! Dentro dela há um enorme pátio com reservatórios de água, pois os mulcumanos devem limpar os pés, as mãos e o rosto antes de rezar. É um lugar que não se deve perder quando visita-se Delhi. A entrada é gratuita, mas voce tem que pagar para tirar fotos (Cerca de 200 rp) mas vale a pena.

Fé na Índia

Antes de entrar na mesquita você tem que remover os sapatos e as mulheres usar algo parecido com um longo roupão, bem colorido. Se quiser usar uma sapatilha para nao sujar os pés, tambem é possível comprar por 20 rupias.

Esse foi o lugar que eu me senti mais esquisita na minha vida! Não sei o porque os indianos tem uma verdadeira obsessão, admiração com os visitantes. Eles são muito calorosos. Enquanto exploravamos a mesquita, um monte de gente me parava querendo tirar foto comigo, como se eu fosse uma celebridade.

O mais engracado… Na medida que eu entrava o povo me olhava. Até ai, normal! Mas, depois começaram a apontar como se eu fosse um “alien” e o guia reparou que um décimo do meu joelho estava aparecendo. Tive que arrumar a minha roupa, pois segundo o guia eu estava excitando “Ala”. Me senti completamente uma pecadora!!!

A mesquita fica localizada em uma rua muito suja, onde pode-se ver a pobreza de todas as formas. Nos cantos das ruas, milhares de pessoas pobres, sem nenhuma esperança de uma vida melhor pediam ajuda.

Mas, o ponto alto da viagem, foi uma visita a um templo sikh que chama-se Gurudwara Bangla Sahib em Delhi. A palavra Gurdwara significa “a porta do guru” e sikh, significa discipulo. O meu guia era um sikh, e segundo sua explicacao o “sikh” acredita em um só Deus e na igualdade das pessoas. Para eles, não importa se pessoas são ricas ou pobres; mulheres ou homens, príncipes ou mendigos, todos deveriam sentar-se a mesma mesa. Para saber se a pessoa pertence a comunidade sikhista, basta observar os cinco K:

Templo Sihk

Kesha: os cabelos, que não devem ser cortados, ficam enrolados embaixo de um turbante.

Kangha: pente de madeira para segurar os cabelos. É um símbolo de ordem.

Kirpan: espada de duplo corte para lutar contra toda espécie de opressor e defender os fracos.

Kara: bracelete de aço, cujo círculo simboliza a unidade de Deus e o aço a força.

Kacha: calção curto para poder facilitar os movimentos.

Cozinha templo Sihk

No final do passeio, o guia me levou para a cozinha comunitária do templo. Eles servem 10.000 pratos todos os dias. E, nao é somente uma sopinha. Sim uma refeição “caprichada”. E, não servida exclusivamte para as pessoas pobres ou somente para a comunidade sikh. Todo tipo de pessoa que visita o local é bem vinda!

Os voluntários da cozinha, preparam com uma vontade espiritual tão grande, que fiquei sem palavras. A cozinha recebe fundos de membros ricos da comunidade e doações de fazendeiros. Uma “instituição” com grande valor “espiritual”.

Cozinha no Templo em Delhi

Essa foi talvez uma das minhas experiências mais bonitas na Índia. O desapego, o ato de gentileza e bondade se resumia em uma unica palavra: DIVIDIR. Se todos nos praticassemos o ato de dividir, talvez poderiamos desenvolver um mundo melhor.

 

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Obrigado!!

Oscar Augusto Risch

12 Comentários

  1. avatar
    Posted by Angie| 03/06/2011 |Responder

    Adoro o colorido das roupas indianas femininas! Belo relato da Carol!
    Beijocas a ambos, Angie

    • avatar
      Posted by MauOscar| 07/06/2011 |Responder

      Angie

      Obrigado pela visita… Esse foi o meu primeiro guest post aqui no Blog
      Vamos ver se coloco outros no ar…

      Bjs

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        Posted by David| 11/04/2012 |Responder

        Ola, em maio vou a new delhi e gostava de falar convosco se possivel.
        Estou na suiça. Deixo o meu contacto: 0041792531439 ou dm.travian@hotmail.com.

        Obrigado

        • avatar
          Posted by MauOscar| 25/04/2012 |Responder

          David

          Se voce tiver alguma duvida em especifico post por aqui que tentarei ajudar no possível.. O Objetivo deste blog não é dar consultoria personalizada por telefone ou email..

          Abraço

    • avatar
      Posted by helide mendes| 04/11/2012 |Responder

      vamos para a india no proximo mes visitando delhi agra jaipur jodpur e estamos procurando
      saber um pouco mais do que vamos conhecer .se puder de mais dicas. obrigada.

      • avatar
        Posted by MauOscar| 05/11/2012 |Responder

        Helide

        Como voce deve ter percebido este post sobre a India foi feito por uma amiga que visitou o país.. Como nunca estivemos pessoalmente lá não tenho muito como ajudar de toda forma, para maiores informações sobre a índia recomendo este Blog aqui => http://www.360meridianos.com/india

        Abraço

        Abraço

  2. avatar
    Posted by fernandaclobo| 25/06/2011 |Responder

    Olá,
    Estou na India, em hyderabad.. Vou passar 6 meses por aqui a trabalho! No proximo fds estou planejando ir p/ Agra, conhecer o Taj Mahal…. Gostaria de saber se por lá existem passeios de Elefante…
    Parabens pelo blog! Excelentes informacoes! Abraços.

    • avatar
      Posted by MauOscar| 27/06/2011 |Responder

      Fernanda

      Como você deve ter visto este Post foi feito por um convidado.. Nunca fui à india.. Mas creio que exista sim essa possibilidade.. Quase todos os destinos que conheci no sudeste da Ásia existia esta oppção.. Acredito que na Índia isso não seja diferente..
      Obrigado pela visita

      Abraço

  3. avatar
    Posted by thaise| 06/02/2013 |Responder

    ola, eu estou indo para a india mes que vem minhas passagens estao compradas mas n tenho nada preparado nem hotel nem guia tem como vc me dar uma ajuda por favor?

    • avatar
      Posted by Oscar Risch - MauOscar Blog de Viagens| 10/02/2013 |Responder

      Thaise

      Infelizmente o foco deste blog não é fazer roteiros e guias.. Nós apenas relatamos nossas experiências e através do compartilhamento delas ajudar as outras pessoas que estão indo visitar o local.. No caso específico da índia, eu particularmente não estive lá ainda.. Este é um post convidado escrto por uma amiga-leitora do blog compartilhando um pouco de sua experiência..
      De toda forma recomendo você visitar estes dois Blogs sobre a Índia: http://www.viajarpelomundo.com/search/label/Índia e http://www.360meridianos.com/categoria/india
      Ai você deve encontrar muito conteudo útil para você planejar sua viagem para lá

      Abraço

  4. avatar
    Posted by Elisabeth| 06/06/2017 |Responder

    Olá Oscar!! Pretendo ir para Nova Delhi e Agra em Novembro agora. Como você disse no post, você acha que a melhor forma de transporte seria o trem, certo? Uma dúvida minha, onde você conseguiu esse guia para a visita a Agra? Através de alguma empresa, pelo hotel em que se hospedou..??
    Obrigada!

  5. avatar
    Posted by Fatima de Figueiredo| 24/08/2018 |Responder

    Bom dia!
    Será q vc conseguiria com a Carol o contato desse guia de Agra. Fiquei muito interessada na visita q ela fez ao descendente de alguém q construiu o Taj Mahal!!
    Estou indo para a Índia agora, em setembro e seria muito bom ter essa informação.
    O texto é muito gostoso de se ler…
    Abraços nos dois,
    Fatima de Figueiredo.

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