
- On 12/07/2012
- In América do Norte Américas Destinos Estados Unidos Seattle Washington
- Tags: Atrações Turísticas de Seattle, Chihuly Garden and Glass, Ciência, Destino RBBV, Expo 62, exposição, Exposição Universal, Monorail, Museu de História Natural, Museus, Museus de Seattle, Pacific Science Center, Seattle, Seattle City Pass, Seattle Skyline, Século XXI, Space Needle, Tecnologia
Seattle Center: O complexo futurista de Seattle construído para Expo 62
O Seattle Center, um enorme complexo de entretenimento celebra este ano seus 50 anos de existência. Construído especialmente para ser a sede da Expo 62, também conhecida como Century 21 Exposition (Exposição do século XXI), serviu não apenas para mostrar como seria a vida no século XXI, mas literalmente colocou Seattle no mapa.
Além disso, propiciou a construção de uma série “landmaks futurísticos” que até hoje são verdadeiros símbolos da cidade e incluem, o icônico Space Needle, o inovador Monorail de Seattle, o instigante Pacific Center entre outros.
Para entender um pouco o porque esta feira é reconhecida como um dos ponta-pés iniciais do início do século 21, vale fazer uma contextualização histórica superficial só para relembrar alguns fatos que influenciaram de forma direta e indireta o evento e seus posteriores desdobramentos.
Durante final da década de 50 e início da década de 60, EUA e a ex-URSS protagonizaram alguns dos momentos de maior tensão de todo o período da guerra fria. Em 4 de outubro de 1957, por exemplo, a ex-URSS lançava o Sputnik ao espaço, dando aos soviéticos uma vantagem sem precedentes em relação aos americanos na “corrida espacial”. Com o orgulho “ferido”, os EUA “foram forçados a dar o troco”e reafirmar sua supremacia logo passou a ser prioridade nacional. Com isso, mais do que nunca, o tema ciência e tecnologia passou a ser o assunto do momento.
Com o assunto em voga, a comissão criada para a organização da Expo 62 logo pegou o espírito da coisa. E em março de 1958, tratou de reunir alguns dos melhores e mais respeitados cientistas do país em Washington, DC. Nesta reunião todos concordaram que a Exposição Universal de Seattle deveria mostrar ao mundo ciência e tecnologia (made in USA) de uma maneira nunca vista antes. E mais do que isso,deveria ser apresentada de uma forma arrojada e interessante tanto para especialistas quanto para visitantes leigos.
Para fazer jus ao apelido de “A exposição do século XXI”, os organizadores do evento logo vislumbraram que teriam maior êxito se popularizassem o conhecimento e as inovações. O que rapidamente logo se transformou em ótimas oportunidades de negócios para algumas das grandes empresas americanas da época,.
Além de ganhar visibilidade internacional com toda a publicidade do evento, poderiam até mesmo vir a fazer algum dinheiro, apresentando ao mundo alguns de seus novos produtos / invenções que poderiam potencialmente mudar o futuro.
Um destes produtos apresentados durante a Expo 62, e que de fato mudou para sempre o futuro temos nada mais nada menos, que o micro ondas de uso doméstico. Em contrapartida, os organizadores do evento pediam a estas empresas ajuda para a financiar o audacioso projeto.
E foi assim que com o patrocínio de algumas dessas empresas, aliadas ao aporte considerável de verbas federais, se deu inicio ao planejamento e construção das obras da feira que mostraria ao mundo, em especial aos soviéticos, as vantagens de se viver na América e como seria a vida no futuro.
Por sinal, quase que concomitantemente, esta guerra publicitária inspiraria um dos meus desenhos favoritos de infância, os Jetsons, o qual foi veiculado na TV americana pela primeira vez entre 1962 e 1963.
Enfim, depois de toda a fase de planejamento, a feira seria um sucesso absoluto. Nos aproximadamente 6 meses que esteve aberta ao público, a Expo 62 foi visitada por aproximadamente 10 milhões de pessoas. Foi aberta ao público pelo então Presidente John F. Kennedy que deveria ter comparecido também na cerimónia de encerramento em 21 de Outubro ce 1962, mas cancelou o comparecimento ao evento devido a uma “forte gripe”; Depois viria à tona que ele na verdade preferiu ficar em Washington DC para lidar pessoalmente com a crise dos mísseis em Cuba que acabara de eclodir naquele mês.
A exposição universal de 1962 de Seattle, deixou como legado para cidade o Seattle Center, um parque de aproximadamente 300.000 metros quadrados que concentra diversos museus, uma arena desportiva e vários centros culturais. E comemorando seu cinquentenário ganhou agora em 2012 o belíssimo Chihuly Garden and Glass.
Em nossa visita à cidade tivemos o prazer de aproveitar um pouco de quase todas das atrações do local. Tanto que 3 das 6 atrações inclusas no Seattle City Pass estão localizadas alí no Seattle Center. São elas a subida ao topo da Space Needle, o Pacific Science Center e o EMP Museum.
Destas três atrações do Seattle City Pass, acabamos quase não tendo tempo de visitar a última delas. Com pouco mais de 15 minutos, o museu dedicado som e aos efeitos visuais me pareceu ser muito legal, mas como fecha cedo, não deu para conhecer muita coisa.
A principal atração do Seattle Center é sem dúvida a subida ao topo da Space Needle. Bem ela vai ser fruto para um próximo post, recheado com várias fotos.
O Pacific Science Center, por sua vez, é uma espécie de museu científico que pode ser um programa interessante para crianças mais crescidinhas que visitam a cidade. Eu particularmente achei muito interessante a parte dedicada aos insetos. Na minha opinião um dos melhores borboletários, que já visitei nos EUA. Já a parte dedicada à ciência já está precisando de um upgrade.
Uma das vantagens de termos o Seattle City Pass é que além de economizar muito mais do que comprar cada ingresso separadamente, é que ao visitar as 3 atrações do Seattle Center cobertas pelo city Pass, você recebe um atendimento diferenciado em relação ao público comum.
Algumas das regalias extras incluem: “furar” a fila para subir ao deck de observação da Space Needle; readmissão por uma segunda vez no local num período de 24 horas (o que garante você visitar o local de dia e noite) e no caso do Pacific Center assistir a um filme no IMAX 3D do local.
No IMAX, acabamos assistindo ao primeio filme disponível. Um excelente documentário narrado por Meryl Strip que fala sobre o Ártico e os impactos do aquecimento global na região. Foram cerca de 50 minutos de filme, que foram uma ótima pedida para descansar os pés depois de passar o dia inteiro palmilhando pela cidade.
Pensando cá com meus botões, se até hoje a arquitetuta e extrutura do local é ultra moderna, imagine isso a 50 anos atrás. No ano que a Expo 62 aconteceu Bill Gates, nativo da cidade, tinha pouco mais de 7 anos. Certamente tudo aquilo que ele viu desde a mais tenra idade deve ter inspirado e influenciado de maneira decisiva na busca de uma carreira totalmente voltada a ciência e tecnologia, a informática.
Enfim, você querendo ou não, quando for conhecer Seattle, muito provavelmente vai acabar passando pelo Seattle Center…
Principais atrações do Seattle Center:
Monorail ligando o parque a cidade
Museum of Pop Culture ex Experience Music Project
Endereço:
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Excelente post, adorei a informação histórica contextual sobre o período em que o “parque” foi criado. Com certeza é super moderno e com tanta coisa boa junta por lá, é algo para deixar marcado como “imperdível” em Seattle! 😉
Simone
Com certeza vale a pena.. E agora com o Chihuly Glass Garden Museum então está ainda melhor.. Uma pena que não tivemos muito tempo para explorar todas as atrações que o local oferece..
Obrigado pela visita
Bjs
Oi Oscar,
Chegamos ontem, e só agora tive tempo de dar uma olhada nas noticias e post que ficaram para trás durante a viagem. Não sou de ficar muito conectada em viagem não. Sabe que vi na resvista de bordo da AA que tem uma exposição do Chihuly no jardim botânico de Dallas? Lembrei do seu outro post sobre ele na hora. Abraços
Flora
Quando viajo também desligo do mundo. O Chihuly já teve uma porção de exposições em Jardins botânicos por aí. Por sinal meu sonho seria ver uma mostra dele no Longwood Gardens. Espero que vocês tenham curtido bastante a viagem.
[…] visita ao topo da Space Needle. Símbolo inconfundível da cidade, a Space Needle de Seattle foi construída especialmente para a a exposição universal de 1962. E hoje, mais de 50 anos depois, continua sendo a atração mais visitada da cidade. Base da Space […]