Em nosso segundo dia em Kuala Lumpur, decidimos pela manhã visitar a Batu Caves, localizada a cerca de 13 Km ao norte do centro da cidade de Kuala Lumpur a capital da Malásia. Localizada no distrito de Gombak em Selangor, para chegarmos lá pegamos um táxi do hotel mesmo, e acabamos pagando cerca de 40 MYR pela corrida. Depois de cerca de 30 – 40 minutos de viagem, finalmente chegamos a este impressionante templo Hindu localizado dentro da majestosa caverna de Batu.
Esta caverna tem seu nome derivado do Batu Sungai ou Rio Batu em Bahasa Melayu, um pequeno rio que flui atrás desta impressionante formação calcárea. Batu Caves, por sua vez emprestou seu nome para uma vila próxima. Esta caverna é um dos santuários hindus mais populares fora da Índia, e o templo ali construído é dedicado ao Deus Murugan (Deus da Guerra) para os Tamils, os indianos do sul da Índia. Todo ano acontece ali o impressionante festival hindu de Thaipusam e atrai anualmente mais de 2 milhões de visitantes durante estes dias. Principalmente aqueles pertencentes às comunidade hindu da Malásia e outros países do Sudeste Asiático.
O que impressiona, além da escadaria, é a enorme estátua dourada de Murugan. Além disso o templo é literalmente tomado por macacos. Como já tivemos uma experiência desagradável com os macacos no templo de Uluwatu em Bali e como no guia dizia para tomar cuidado com eles redobramos a atenção para não passar nenhum aperto.
Para chegar até o templo dentro da caverna são mais 272 degraus e a subida é digamos cansativa. Tanto que pelo caminho até tivemos que parar algumas vezes, tanto para tirar algumas fotos, como para recuperar o fôlego. Ao nosso lado, por outro lado senhoras gordinhas e idosos subiam animadamente e sem parar. Quem explica isso? Somente quando se chega lá em cima é que podemos ter uma idéia exata de quão grande é esta caverna.
Acredita-se que a formação calcárea que forma o Batu Caves tenha cerca de 400 milhões de anos. No passado algumas das entradas das inúmeras cavernas da região eram usadas como abrigos pelos povos indígenas Temuan.
A Existência destas cavernas era praticamente desconhecida, até que a partir de 1860 colonos chineses começaram a escavar o guano das aves e morcegos encontrado em abundância no local para usar como fertilizante de seus produtos hortícolas. No entanto, a Batu Cave só se tornou conhecida do público após serem registradas pelas autoridades coloniais britânicas em 1878.
A partir de então a Batu Caves passou a ser visitada e acabou se tornando um local de culto depois que Thamboosamy K. Pillai, um comerciante indiano, ergueu um pequeno altar na caverna principal e dedicou o local ao Deus Murugan.
Em 1891 Pillai, que também fundou o Templo Sri Mahamariamman em Kuala Lumpur, construiu o Sri Subramania Swamy que hoje é conhecido como o templo da Caverna. Desde 1892, o festival Thaipusam passou a ser celebrado no local. Degraus de madeira foram construídos até o templo dentro da Gruta em 1920, e posteriormente foram substituídos pelos 272 degraus de concreto.
Dentro da caverna vimos vários tipos de animais, com os quais os turistas poderem tirar fotos. Vimos desde uma Piton, uma iguana, galos e galinhas, esquilos e como não podia faltarmuitos macacos, criaturas veneradas e extremamente comuns em templos aqui na Ásia de um modo geral. Felizmente estes pareciam mais sociáveis do que os seus primos de Bali. Mesmo assim todo cuidado sempre é pouco, esses macacos adorar roubar as coisas e se tornam agressivos se ameaçados .
Como se trata de um templo indiano, o povo não tem la um cheiro muito agradável. Imagine uma das principais oferendas ao Deus da enorme estátua dourada é leite de vaca. Agora imagine então esse leite com o calor de quase 40C que faz no local e pegando um sol em cima!!
Depois de visitarmos o templo e descermos os 272 degraus, que eram estreitos pra caramba. Aproveitamos para dar uma volta pela base do templo, enquanto isso aguardávamos o nosso motorista de táxi chegar para levarmos de volta ao hotel. Interessante de observar tanto as esculturas dedicadas ao Deus macaco e as mulheres confeccionando os colares de flores frescas usados em cerimônias religiosas que usam tanto orquídeas, angélicas e crisantemos.
Uma cena digamos inusitada, foi ver um carro sendo “benzido” pelo sacerdote uma espécie de Pandit da novela caminho das índias. E eu que pensava que somente alguns católicos faziam isso…. Lembro que em Curtitiba na Igreja dos capuchinhos das Mercês existe um dia especial em que os carros novos são benzidos.
Nosso táxi chegou e seguimos de volta para Kuala Lumpur, ao invés de desembarcarmos no hotel pedimos para que ele nos deixasse nas Petronas Towers, onde então almoçamos um Tenpanyaki bem gostoso.
Voltamos até o nosso hotel, tomamos um banho e descansamos um pouco antes de irmos em direção ao Sungei Plaza, um Shopping de barganhas que lembra um pouco alguns shoppings de Singapura. Nos qual você encontra de tudo um pouco desde foot reflexology, conserto de roupas e calçados ate jóias. Engraçado que Bomba em Bahasa deve significar emergência, em vários lugares vimos essa palavra principalmente em elevadores e próximo a extintores.
Como a Malásia é um país de maioria muçulmana, uma coisa me chamou bastante atenção foi a escassez ou inexistência de biquinis e maiôs nas lojas, por outro lado o que não faltava eram roupas de tomar banho de muçulmanas. Uma coisa que diferencia as muçulmanas daqui com as muçulmanas que estamos acostumados a ver no mundo arabe que aqui elas quase nao usam roupas pretas, preferem sim algo bem colorido e a muçulmana malaia quase nunca esta com a face totalmente coberta.
Pelo caminho passamos por um lugar com uma série de restaurantes o que chamou atençao foi a propaganda de um restaurante alemão que irá abrir em Outubro e toda a fachada estava com fotos de coisas que lembram a Alemanha, mais especialmente a Bavária, mas ao olhar para foto tiramos a conclusão que a foto não fora tirada na Alemanha e sim na Oktoberfest de Blumenau. Isso porque atrás da rainha e das princesas a construção parecia a vila germânica de Blumenau e aquelas faixas de Rainha e Princesa eu não lembro de ter visto na Alemanha, mas o que comprovou minha tese foi o SC ao final da faixa. Infelizmente o restante da faixa nao dava para ler.
A outra foto por sua vez tinha uma bandinha tipica alemã, mas pela mistura dos broches e outros adereços tanto da austria como da bavária dava para ver que a bandinha não era original da Europa, só podia ser mesmo da Oktoberfest do Brasil, fato ainda comprovado pela vegetação ao fundo. Bem quem diria a Oktoberfest do Brasil em Blumenau servir de reeferência à cultura Alema, ou melhor da Bavária, melhor que o próprio. Por sinal ainda havia um erro de grafia na placa Eröffung e uma palavra só e não separada Er Öffnung.
Vimos também um outro prédio do HSBC, que aparentemente parece ser bem novo, Kuala Lumpur assim como Bangkok tem um sistema de Skytrem ligando a cidade e conectado com o sistema de metro subterrâneo.
Depois fomos a um shopping novo que abriu faz pouco tempo o Pavillion e desculpe os Singapurianos mas e muito melhor que qualquer shopping de Singapura, embora de uma forma geral os preços em Singapura me parecem melhores, mas ainda sim artigos em promoção valem bastante a pena.
Uma das coisas que achei bem interessante nesse shopping foi uma fonte que eles instalaram na frente do shopping que troca de cor de acordo com a iluminação, algo bem diferente.
Acabamos jantando no Pizza Hut como habitualmente fazemos sempre que visitamos a Malásia e Indonésia, os preços são quase a metade do preço daqueles praticados em Singapura. Mas o atendimento desta vez deixou bastante a desejar, embora o restaurante era o mais bonito dos que visitamos na Malásia. Voltamos para o Hotel, resultados das compras eu e o Mau estamos de Óculos de grau novos, o meu da marca Oakley e o do mau um Ray-ban e o mais legal que os óculos ficaram prontos em cerca de 1 h e meia e custaram cerca de 1/3 do preço que custou os nossos antigos no Brasil. Ainda achamos algumas camisetas em promoção e o Mau ainda ganhou uma camiseta verde da Adidas.
Como no dia anterior ficamos super cansados de andar um monte, o problema e o calor que faz nessa parte do Globo.
Veja os comentários
MUIIIITO LEGAL! VC DEVERIA SER JORNALISTA OU CORRESPONDENTE INTERNACIONAL DA GLOBO!
seu blog eh meu guia de viagens agora.
xxxxx
Quem sabe um dia!! Iria Adorar, eu adoro viajar e depois compartilhar a viagem com os leitores do Blog, mas manter atualizado da trabalho!!
Filho! O Blog esta maravilhoso e muito interessante,com muitas informações e estou adorando ! Mas estou preocupada com os terremotos na Ásia, espero que vocês estejam bem. Mande noticias ...Beijosss
Gostei muito da matéria. Estou em Kuala Lumpur e como estou em companhia de moradores da cidade gostei das dicas para turistas. Vou convocar alguém para me levar para as cavernas...de tênis e bem descansada para encarar a escadaria. Valeu!
Cristina
Legal!!! Aproveite bastante o passeio
Abs
Parabens pelo blog!!
farei uma viagem pela asia em janeiro, só que nao terei muito tempo na malasia. gostaria de saber quanto tempo mais ou menos é necessário para conhecer Batu Caves.
obrigada!
Ana
Para visitar Batu Caves você vai precisar de meio dia.. Para chegar lá leva cerca de 40-60 minutos e para visitar o local eu diria umas 2-3 horas
Abs
Oi Oscar, td bem?
Estou indo na semana que vem pra KL. Em batu caves vc viu mulheres andando com roupas "normais" tipo regata, shorts ou somente a carater com as burcas, corpo coberto? Num calor de 35 graus, subindo 272 degraus vai ser dificil sobreviver por lá!
Bruna
Você pode usar roupas normais sim, basta ter bom senso no que vestir e respeitar os costumes e evitar shots, vestidos curtos e roupas que deixem os ombros, colo a mostra..