
- On 10/07/2012
- In América do Norte Estados Unidos Seattle Washington
- Tags: Acervo, Aeronáutica, Aeroporto, Air Force One, Air France, Atrações Turísticas de Seattle, Aviação, Aviao, Boeing, Boeing 747, British Airways, Caça, Companhias aéreas, Concorde, Destino RBBV, Engenharia, exploração espacial, Fábrica da Boeing, Fábrica de Aviões, flight museum, Força Aérea dos EUA, Forças armadas, Guerra, Helicoptero, Homem no Espaço, I Guerra Mundial, II Guerra Mundial, Imagens aéreas, Irmãos Wright, Lockheed SR-71 Blackbird, Museu, Museu Aeronático, Museum of Flight, Museus, Museus de Seattle, NASA, ônibus espacial, Presidentes dos EUA, Programa espacial norte americano, Satélites, Seattle, Seattle City Pass, Simulador de vôo, Tecnologia, Viagem, Viagens espaciais, Viagens intercontinentais
Museu de aviação da Boeing em Seattle: O maior museu aeronáutico privado do mundo
Se existe uma categoria de museu que vale a pena conhecer nos EUA, e que você dificilmente encontrará similar no mundo, podemos destacar aqueles museus voltados à aviação, aeronáutica e exploração espacial. Sendo Seattle a cidade onde a Boeing, maior fabricante de aeronaves do mundo começou, nada mais justo que a cidade abrigar também uma surpreendente coleção de aviões e artefatos históricos relacionados ao tema em seu museu de aviação.
Fundado em 1965, o Museum of Flight de Seattle conta hoje com quase 150 aeronaves históricas e milhares de objetos que contam um pouco da trajetória de evolução da aeronáutica, mas principalmente a história da empresa fundada na cidade em 1916 que revolucionaria a aviação comercial e militar no mundo.
Localizado ao lado do King County International Airport, também conhecido como Boeing Airfield, o museu está convenientemente localizado a 15 minutos ao sul do centro de Seattle, e recebe um número bastante expressivo de visitantes todos os anos. Com pouco mais de 400.000 visitantes anuais, o The Flight Museum é o maior museu aeroespacial privado do mundo e é uma das atrações imperdíveis para quem visita Seattle. E como ele também fazia parte do Seattle City Pass, não pensamos duas vezes em conhecer também esta atração.
Com o City Pass em mãos, trocamos nossos vouchers pelos ingressos e começamos a explorar o museu. Logo na entrada do museu, uma réplica em escala 1/10 do Montgolfier Ballon, o primeiro balão de ar quente tripulado chama atenção para aquele vôo de 21 de Novembro de 1783, que mudaria para sempre o destino da humanidade. Por ali encontramos também replicas das primeiras aeronaves construídas pelos irmãos Wright.
A primeira exibição que visitamos foi o T.A. Wilson Great Gallery. Neste enorme pavilhão em forma de hangar estão expostas cerca de 40 aeronaves, das quais 23 encontram-se suspensas no teto da construção. Estas aeronaves contam e os objetos alí expostos contam um pouco dos primeiros 100 anos de aviação.
Nesta parte do museu a principal atração é sem dúvidas o Black Bird SR-71, que carrega consigo até hoje o título de avião tripulado mais rápido do mundo. A primeira vez que vi um avião desses de pertinho foi no Udvar Hazy Center do National Air and Space Museum de Washington DC.
Dali seguimos para a próxima exibição do museu de aviação de Seattle, o William E. Boeing Red Barn. Construído em 1909 este galpão vermelho de madeira foi onde a Boeing começou e produziu suas primeiras aeronaves entre 1916 e 1958.
Originalmente localizado numa área próxima ao porto de Seattle, o edifício foi doado ao museu em 1975 e transferido para sua atual localização. Entre os objetos alí expostos, encontramos o maquinário utilizado na construção das primeiras aeronaves da empresa, bem como partes de aeronaves antigas e dois aviões: O Boeing Model C e Boeing Model 40.
Um dos detaques desta parte do museu também fica por conta do primeiro malote utilizado para transporte de correio aéreo dos EUA para o mundo. O famoso malote foi utilizado por anos a partir de 1919 na rota entre Seattle e Vancouver na Colúmbia Britânica Canadense. E coincidentemente, os pilotos do vôo inaugural do correio aéreo dos EUA foram: William E. Boeing (fundador da empresa) e Eddie Hubbard.
Antes de visitarmos a exposição sobre a aviação militar na primeira e segunda guerra mundial, atravessamos a ponte de pedestres que atravessa a East Marginal Way South, para a outra ala do museu que teve que ser ampliado e por falta de espaço teve que crescer do outro lado da rua.
Daquele lado da rua encontra-se o novíssimo Charles Simonyi Gallery, que desde Junho deste ano abriga a coleção que aborda a exploração espacial do museu de aviação de Seattle. Não chega a ser como nos museus do Smithsonian Intitution, mas se você não conhece Washington vale dar uma conferida. Como visitamos o museu no dia 29 de Maio de 20112, a grande atração desta novíssima ala do museu (tinha cheiro de tinta fresca ainda) ainda não havia chego.
Trata-se da a fuselagem utilizada para o treinamento dos astronautas da NASA no programa espacial americano que foi encerrado ano passado. Como Seattle acabou não conseguindo ficar com um dos ônibus espaciais remanescentes, conseguiu pelo menos a fuselagem de treinamento dos astronautas. Algo que pode ser definido como o protótipo do ônibus espacial Enterprise que ficava originalmente no Udvar Hazy do Museu Aeroespacial de Washington e agora encontra-se no Intrepid Museum em NY.

Hangar que abriga atualmente o módulo de treinamento do programa espacial americano no Museu Aviação
Além disso, a mostra que aborda a exploração espacial conta com diversos artefatos que ajudam a mostrar a evolução dos últimos 50 anos das viagens espaciais e aborda um pouco de como deverá ser o futuro com empresas comerciais entrando neste segmento para ocupar a função de colocar satélites orbita, reabastecer a ISS e lançar astronautas ao espaço até então ocupada pela NASA e temporariamente exercida pelos russos.
Saindo do mais novo edifício do museu, chegamos ao Airpark, local onde estão, na minha opinião, algumas das melhores atrações de todo o Museu. Ali entre outra aeronaves encontramos:
City of Everett, o primeiro Boeing 747 a voar por uma companhia aérea. Foi batizado com este nome em homenagem a cidade onde encontra-se a maior fábrica de aviões do mundo e que foi construída especialmente para a fabricação deste modelo de aeronave. Seu primeiro vôo foi em 9 de Fevereiro de 1969.
Porém o grande destaque, na minha opinião, e que faz este museu ser único no mundo, é o fato de que ali encontra-se o modelo antecessor do atual Air Force One. O então avião presidencial americano que serviu a sete presidentes americanos (Dwight D. Eisenhower, John F. Kennedy, Lyndon B. Johnson, Richard M. Nixon, Gerald R. Ford, Jimmy Carter e Ronald Reagan), ficou em operação por mais 37 anos e hoje o VC-137B repousa no museu de Seattle. VEJA O POST QUE MOSTRA O AIR FORCE ONE POR DENTRO
O antigo Air Force One é um Boeing C-137 Stratoliner, com a matrícula VC-137B, operou transportando presidentes, vice-presidentes, chefes de estado e convidados entre 1959 e 1996, quando foi então aposentado e substituído pelo atual avião presidencial americano (VC-25).
Testemunha de vários episódios históricos, este foi o avião presidencial com mais tempo de uso na história dos EUA. O mais bacana de tudo é que pode-se visitar todo o interior da aeronave. Desde o Cockpit até o banheiro presidencial.
Outra preciosidade do Museu do vôo de Seattle é o fato dele abrigar 1 dos 20 concordes produzidos a partir de 1976 e operados até 2003 pela Airfrance e British Airways. O Concorde exposto em Seattle foi o antepenúltimo de sua família a ser produzido e pertencia a British Airways, com matrícula G-BOAG.
O Concorde pode ser visto em poucos países no mundo (Reino Unido, França, Alemanha, Barbados e nos EUA). Sendo que nos EUA, ele é o único Concorde que você pode adentrar na cabine e ver o cockpit. Os outros dois estão localizado do Intrepid Museum em Nova York e no National Air and Space Museum de Washington DC.
Outra aeronaves alí expostas incluem o Lockheed 1049G super Constellation, um Boeing 727-223 da American Airlines e o primeiro 737 já fabricado.
Terminada esta parte da visita, seguimos para a parte que aborda a aviação militar com foco nas duas guerras mundiais. Alí além de diversas aeronaves restauradas (cerca de 30), uniformes utilizados em ambos os conflitos existe uma enorme coleção com mais de 400 modelos de aviões em miniatura utilizados nestes conflitos. Além de uma interessante coletânea de relato de ex-pilotos daquele período.
Enfim, se você curte aviões e história, quando visitar Seattle não deixe de conhecer este surpreendente museu.Afinal de contas não é todo dia que você entra num avião presidencial, nem num dos únicos aviões comerciais supersônicos já construídos.
Endereço:
The Museum of Flight Aviation History, Airplane and Spacecraft
9404 East Marginal Way South Seattle, WA 98108
Informações Úteis:
O museu de aviação de Seattle abre diariamente das 10:00 as 17:00, fechando apenas no Thanksgiving e Natal. O Airpark abre ao público apenas entre os meses de Abril e Setembro.
Na primeira quinta-feira de cada mês o museu fica aberto até as 21:00, sendo que entre as 17:00 e 21:00 a entrada é gratuita.
Os ingressos individuais custam 17 USD para adultos, 14 USD para idosos com +65 anos, 9 USD para crianças entre 5-17 anos e gratuito para menores de 4 anos.
Visitando mais que 3-4 atrações em Seattle vale a pena considerar a compra do Seattle City Pass.
O local oferece estacionamento gratuito. Se for usar transporte público para chegar até lá, basta pegar o Metro Bus da Rota #124
Veja também:
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Museu de aviação de Seattle com Harrison Ford
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Eu vi um Concorde no Charles de Gaule na França, agora não sei se seria uma réplica.
Muito legal esse museu, vou coloca-lo na minha lista.
Abraço
Mateus
Ao todo existem ainda 19 concordes espalhados pelo mundo e o que você viu em Paris não é réplica não.. O museu de Seattle é muito legal pelo fato de ter o ex airforce one ao lado do concorde.. Visitando Seattle não deixe de conhecer a fábrica em Everett
Tenho uma dúvida, como vocês foram de Seattle até ai? Fiquei sabendo que fica a 30km ao sul de Seattle.
Henrique
Durante nossa visita a Seattle alugamos um carro.. Essa é sem dúvida a forma mais fácil de chegar ao museu..